sábado, 29 de setembro de 2007

ela veste preto

de tempos em tempos voltamos
e de tempos em tempos crescemos
dessa vez tivemos sorte
pois pensamos enganar a morte

o sino não dobrava há muito
hoje toca sem parar
porém não é nosso esquife que segue
e eu sigo sozinho por outro caminho

as flores já estão murchas desde ontem
e ninguém percebeu o forte odor
ninguém olhou para trás
mas ela está nos esperando

ninguém a engana
nem mesmo a si
nem mesmo ninguém
olha para trás

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